Erica sempre foi uma criança calma. Sendo a irmã mais velha, sempre foi responsável por seus 2 irmãos gêmeos enquanto seus pais não estavam em casa. Seguindo a tradição, seus pais há mandaram para a Academia Nacional aos 10 anos.

Na academia, era muito popular devido sua gentileza e altruísmo, lidando bem com as pessoas e mediando as brigas que ocasionalmente aconteciam. Apesar de sempre bem avaliada em todas as matérias, era considerada um prodígio na manipulação de Astra e no controle do arco e flecha. Ao empunha-lo, algo mudava. Um pequeno sorriso surgia em seu rosto conforme toda sua calma se tornava foco, garantindo os acertos mais impressionantes e recebendo elogios de seus instrutores.

Entretanto, foi durante a Alvorada do Inverno onde Erica ganhou sua fama. Usando encantamentos complexos para proteger e curar seus aliados, criando flechas de puro Astra e as disparando com precisão incrível, obteve o título de Foco Absoluto ao final do evento. Erica recebeu o convite oficial de todas as matriarcas, mas decidiu pela família Gebo, a mesma família que seus pais fazem parte.

Seguindo os ideais ensinados por sua nova casa, Erica aprendeu o valor do equilíbrio. Ser generosa com os seus, mas implacável de frente ao inimigo. Como recompensa por suas conquistas e habilidades, aos 16 anos recebeu seu Techno Arco: um arco tecnológico encantado, capaz de receber cargas de Astra e potencializar as aptidões de seu usuário. Atualmente lidera parte das forças de defesa de Sol de Inverno.

Nascida em família de origem humilde, donos de um quiosque na costa de Utsuichi, Hibiki ajudava seus pais desde muito nova. Aprendeu a cozinhar com seu pai, mas o calor do fogão guardava um outro gosto: a alquimia. Tudo graças a um livro que foi esquecido por lá. Enquanto o dono não era encontrado, Hibiki ficava maravilhada com o mundo novo que estava na palma de suas mãos. Mesmo usando do improviso e o pouco recurso que tinha, Hibiki conseguiu dar seus primeiros passos sozinha dentro daquela misteriosa ciência.

Dias depois, em busca de seu livro perdido, a alquimista ouviu sobre os feitos da menina. Impressionada, prometeu auxiliá-la com seus estudos, trazendo conhecimento e recursos sempre que passasse pela região. Mas caberia a Hibiki se esforçar e aprender.

Conforme os anos passaram, sua curiosidade e esforço resultaram numa evolução notável. Não apenas na alquimia comum, mas com manipulações inovadoras e efeitos surpreendentes. Como forma de reconhecimento, sua mentora passou a recomenda-la para alguns de seus clientes. Devido a grande qualidade de seus produtos, Hibiki passou a receber mais e mais demanda. Então decidiu montar uma pequena loja, ao lado de seus pais.

Em pouco tempo, o Beco da Gata ganhou fama por toda Boralaa, tanto por seus itens quanto pelas peculiaridades de sua dona. Por não conseguir segurar seu vício, virar noites lendo e praticando virou um costume. Então é comum encontrar Hibiki tirando cochilos em cantos aleatórios da loja. E além de usar apenas frascos quadrados para suas poções, é normal vê-la de ponta-cabeça nos lugares mais inusitados pensando em soluções para seus problemas.

Kirishima nasceu na tribo Miyazaki, responsável pela região sudeste de Utsuichi. Devido a um incidente misterioso que resultou na perda de seus pais, passou a ser criado desde muito novo pelo Clã Kuwahara, um dos mais radicais da região. Moldado pelos ideias de violência, caos e liberdade, Kirishima se tornou a ferramenta perfeita para o plano perfeito: acabar com a Federação de Utsuichi e todos os humanos que nela vivem.

Seguindo as ordens de seus líderes, seu caminho era traçado por assaltos e execuções. Mesmo sendo jovem, rastros de destruição e sangue eram deixados por onde passava. E fazia tudo com muito prazer, acreditando verdadeiramente nos ideais que lhe foram ensinados.

Certa missão, um grupo foi encarregado de invadir uma instituição e acabar com tudo que havia dentro. Kirishima recebeu a função de incendiar o lugar, e assim o fez. Com sua tarefa concluída, foi ao reencontro dos outros integrantes. Conforme se aproximava, o calor das chamas misturava-se com choro e cheiro de sangue. Caminhando, encontrou por diversos corpos de crianças humanas e semi-humanas, brutalmente assassinadas. Confuso, correu em busca de respostas.

Ao encontrá-los, estavam entretidos com um grupo de jovens que agonizavam, pedindo por socorro. Fazendo-os parar, questionou o que estava acontecendo e aonde estavam. "Claro que é uma escola. Aonde mais poderíamos encontrar tantos merdinhas com sangue humano de uma vez?" respondeu um deles. "Temos que acabar com mal pela raiz." disse outro. Kirishima não entendia o motivo, mas presenciar tal situação, tanto o estado daquelas crianças em sofrimento e medo, gritando pelas suas vidas, quanto o prazer de seus colegas, fez-o arder em ódio! Como alguém como ele poderia se sentir assim, sendo o executor de tantos inocentes. Por que ver aquelas crianças em tal estado teria abalado ele? Perguntas as quais ele não teve tempo de responder.

Liberando toda sua raiva, como um urso protegendo seus filhotes, combateu os agressores. Não importava os ataques ou feridas que recebia, derrubou um após o outro. Antes da construção desabar, retirou todos que foi capaz. Com a chegada dos Garras de Aço, clã responsável em lidar com as ações dos Kuwahara, a situação foi controlada. Todos estavam incrédulos com o que havia acontecido, pois o infame Kirishima havia salvado 52 crianças sozinho. E em troca, teve 50% do corpo carbonizado. Levado como prisioneiro pelos Garras de Aço, sobreviveu graças ao tratamento recebido pelos curandeiros do clã. Contudo, as sequelas permaneceram. Até ficar de pé sozinho se tornou uma tarefa difícil.

Durante os anos que ficou sob custódia, foi visitado constantemente pelos jovens salvos por ele, com presentes ou agradecimentos. De forma icônica, em todos eles haviam alguma menção ao lema dos Garras de Aço: "Honrando o passado, protegendo o futuro". Mesmo não sabendo como lidar com a situação, Kirishima passou a sentir-se estranhamente confortável com as ocasiões. Conforme o tempo passava, ele entendia melhor o sentimento daquele fatídico dia. Tudo que havia aprendido como realidade absoluta, não passava de um ponto de vista corrompido pelo ódio.

Por volta dos seus 27 anos, quase uma década depois do acontecido, Kirishima tomou uma decisão. Para expiar seus pecados, faria o que fosse possível para ajudar os Garras de Aço. Ele continuaria protegendo as pessoas da mesma forma que protegeu naquele dia. A partir de uma audiência pública com grande parte do clã presente, seu pedido foi aceito. Não apenas se tornou um membro oficial, mais foi incluído no programa REZ: programa este em parceria com a República de Tecnos para reabilitação física através da tecnologia e magia.

Esse foi o primeiro passo na grande reviravolta de Kirishima. Quem diria que 15 anos depois, ele se tornaria sucessor e chefe dos Garras de Aço.